Se me permites, diante da beleza desta imagem, ocorreu-me um poema belíssimo do Carlos Drummond de Andrade. Passo a citar:
"A CASA DO TEMPO PERDIDO
Bati no portão do tempo perdido, ninguém atendeu. Bati segunda vez e mais outra e mais outra. Resposta nenhuma. A casa do tempo perdido está coberta de hera pela metade; a outra metade são cinzas. Casa onde não mora ninguém, e eu batendo e chamando pela dor de chamar e não ser escutado. Simplesmente bater. O eco devolve minha ânsia de entreabrir esses paços gelados. A noite e o dia se confundem no esperar, no bater e bater.
O tempo perdido certamente não existe. É o casarão vazio e condenado."
sigo (;
ResponderEliminarSe me permites, diante da beleza desta imagem, ocorreu-me um poema belíssimo do Carlos Drummond de Andrade. Passo a citar:
ResponderEliminar"A CASA DO TEMPO PERDIDO
Bati no portão do tempo perdido, ninguém atendeu.
Bati segunda vez e mais outra e mais outra.
Resposta nenhuma.
A casa do tempo perdido está coberta de hera
pela metade; a outra metade são cinzas.
Casa onde não mora ninguém, e eu batendo e chamando
pela dor de chamar e não ser escutado.
Simplesmente bater. O eco devolve
minha ânsia de entreabrir esses paços gelados.
A noite e o dia se confundem no esperar,
no bater e bater.
O tempo perdido certamente não existe.
É o casarão vazio e condenado."